AS LIÇÕES QUE APRENDI COM O PEQUENO PRÍNCIPE
Quem vê o livro “o pequeno príncipe” do escritor Antoine de Saint-Exupéry, imagina que este seja um livro infantojuvenil que trás estórias de moral e cívica para este público, mas conforme diz o próprio autor, este não é um livro para crianças, porque traz justamente a mensagem da infância, essa criança que irromperá de repente do deserto do seu coração … e na qual reconhecerás os teus olhos, os teus risos, a menos quando queiras ver.
Este livro, com ilustrações
para entreter os olhos traz grandes lições sobre o tempo e a vida. A partir
dele aprendi e tirei muitas lições, cada capítulo deste livro, inspira a fazer reflexões
sobre a humanidade e a vida, e como tenho grande interesse sobre o ser humano,
tentarei com base neste livrinho sintetizar o que aprendi.
No início do
conto, o autor traz lembranças da sua infância marcada pelo gosto de fazer
desenhos e pintar. Através dos seus desenhos o autor esboçava estórias e
pensamentos de um menino, e estes desenhos não eram compreendidos pelos
adultos.
Devido a inexpressão
dos seus desenhos aos olhos dos adultos, estes o aconselharam a deixar de lado os desenhos de jiboias abertas ou
fechadas, e dedicar-se de preferência à geografia, à história, ao cálculo, à
gramática. A falta de apreciação e incentivo o fez
abandonar a pintura pela aviação.
Acredito que muitas vezes, muitos de nós temos sido desencorajados
a desenvolver habilidades naquilo que gostamos de fazer ou gostávamos de fazer
quando criança por simplesmente isto não fazer sentido ou não trazer retorno aos
olhos dos adultos ou na vida adulta.
Caros leitores, a vida é única, então vale a pena vive-la de forma que possamos sentir prazer de relembrar o nosso passado com muita alegria e com a sensação de termos vivido a vida que sonhamos. Então siga seus sonhos ou resgate-os se estiverem adormecidos, não vale a pena perder sem que tenha tentando dar forma a aquilo que acredita ser capaz de fazer. – A prática ensina a desenvolver habilidades naquilo que se gosta, mesmo que no princípio não haja perfeição no fazer
Na seguinte passagem. (…) Meu amigo nunca dava
explicações. Julgava-me talvez semelhante a ele. Mas, infelizmente, não sei ver
carneiro através de caixa. Sou um pouco como as pessoas grandes. Acho que
envelheci. – Eu pergunto, você é capaz de ver um carneiro através da caixa?
Se sim, parabéns, porque assim como uma criança, a vida de adulto não o fez
perder a capacidade de imaginar e criar seu próprio mundo.
Quando crescemos, grande parte de nós perde o dom da imaginação
que nos é dada ao nascer. Se sente que perdeu essa capacidade, caro adulto, quando
necessário, volte a ser criança. E também precisamos deixar que as crianças deem
forma a aquilo que imaginam, mesmo que isso não faça sentido para o adulto.
Grandes feitos da humanidade partiram da imaginação,
foi assim que surgiu o computador e o avião. Para as crianças, um carro pode
ter asas, falar e andar por cima de uma mesa, as crianças imaginam e criam possibilidades
onde aos olhos dos adultos não existem. - Deixemos as crianças criarem seu
próprio mundo, pois se estimularmos a capacidade de abstração, as ajudaremos a
criar resiliência e a serem inventoras na vida adulta.
Ao longo do conto, o pequeno príncipe fala dos baobás,
que no meu entender, são aquelas ervas daninhas da nossa vida. Ou seja, as coisas
más que nos sucedem ao longo da vida.
Com os baobás, aprendo, e citando uma passagem deste
livro, é preciso que a gente se conforme em arrancar regularmente os baobás
logo que se distingam das roseiras, com as quais muito se parecem quando pequenos.
É um trabalho sem graça, mas de fácil execução.
A partir disto, vejo que de nada vale acumular coisas,
sentimentos e emoções negativos, porque podem facilmente infestar e fazer
desaparecer tudo de bom que fomos construindo ao longo da vida.
Além de se ter que arrancar sempre as coisas más, é
necessário que se respeite o tempo, pois para contemplar o pôr-do-sol, é necessário que se tenha a paciência de
esperar que o sol se ponha. E sem que haja tempo e paciência de contemplar
o sol, nunca veremos o pôr-do-sol, que por si só é tão bonito e
inspirador.
O pequeno príncipe, ao visitar o planeta terra, o
planeta dos homens, descobriu que estes, cultivam cinco mil rosas num mesmo
jardim e não encontram o que procuram... E, no entanto, o que eles
buscam poderia ser achado numa só rosa, ou num pouquinho d'água. Talvez
essa seja a passagem que mais me tocou, porque sinto que várias vezes nós
seres deste planeta, vagamos pelo mundo em busca de várias coisas e sensações,
sem nos dar conta de que tudo isso pode ser projetado e realizado numa única
coisa ou pessoa.
Ao pesquisar na internet sobre o autor, descobri que a
rosa que ele tanto se dedicava a cuidar, sendo ele o pequeno príncipe neste
livro, é a sua esposa Consuelo. O planeta criado pelo autor para o pequeno príncipe
apenas tinha uma rosa, que ele aprendeu a rega-la, a protege-la do vento e dos baobás.
Ao perceber nossa perdição, o pequeno príncipe diz a
humanidade: a gente só conhece bem as coisas que cativou, os homens não têm
mais tempo de conhecer alguma coisa. Compram tudo prontinho nas lojas. Mas como
não existem lojas de amigos, os homens não têm mais amigos. Se tu queres ter um
amigo, cative-o
Cativar significa para a raposa, criar laços e ter
paciência, pois como diz a raposa nesta conversa com o pequeno príncipe
sobre a paciência e a criação de laços: tu te sentarás primeiro um pouco
longe de mim, assim, na relva. Eu te olharei com o canto do olho e tu não dirás
nada. A linguagem é uma fonte de mal-entendidos. Mas, cada dia, te sentarás
mais perto.
O processo de criação de laços requer mais uma vez que
se respeite o tempo, os momentos e as frequências, pois se não se tomar esse
cuidado, e se nosso amigo vier em qualquer momento, não nos dará tempo de
preparar o coração.
Em síntese, a amizade é uma convivência diária e
contínua e ela tem ritos, que podem ser esses olhares silenciosos
ditos pela raposa. A raposa disse ao pequeno príncipe: os olhos são cegos é
preciso ver com o coração.
Neste caso, num jardim cheio de rosas, precisamos
buscar a nossa rosa com o coração. devemos aprender que amigos verdadeiros só
são encontrados com os olhos do nosso coração, só ele é capaz de distingui-los
no meio de tanta gente parecida.
E estes amigos apenas se tornam importante pelo tempo,
dedicação e amor que gastamos com eles.
Ao fazer a viagem pelo planeta terra, o pequeno príncipe,
conversou com alguns personagens que na minha visão, suas características são parecidas
as nossas. O pequeno príncipe conversou com o homem de negócios que apenas estava
preocupado em contar as estrelas, na minha interpretação, (o dinheiro),
sem que se pergunte porque trabalhava tanto como contador e sem parar pensar
porque o acumula, se ele não pode parar e contemplar as verdadeiras estrelas.
Conversou com o acendedor de lampiões, que apenas seguia o regulamento de apagar e acender os lampiões sem procurar saber porque segue tal regulamento, falou com o vaidoso que apenas queria ser aplaudido e elogiado. – São tantos os personagens descritos neste livro que caracterizam os adultos que somos, que já não paramos para indagar igual as crianças.
Para terminar, e em resumo, afirmo que as grandes
lições que aprendi com este livro são: é preciso viver sem pressa; é necessário
desfrutar e indagar as coisas com a curiosidade de uma criança; é
importante contemplar as pequenas coisas
da vida e vê-las com os olhos do coração, pois, como disse a raposa, e eu digo a
vocês caros leitores, se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro.
Serás para mim único no mundo. E eu serei para ti única no mundo.
Wau. Parabéns prof
ResponderExcluirSaudações
Pois é, temos que olhar o mundo com olhos do coração, e para aprendermos temos que nos tornarmos como uma criança. Fazendo isto, poderemos abrir vários horizontes de conhecimentos. Mesmo país da filosofia nas suas paralavras disse que, (só sei que nada sei) com esta frase o filósofo abre outras horizontes do conhecimento.....