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Mostrando postagens de agosto, 2020

AS DORES E OS PROBLEMAS “DAS PRINCESAS E DOS PRÍNCIPES” SÃO NOSSAS?

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  Já tratamos aqui no blog sobre as dores da rainha, onde  tentei fazer uma viagem no entorno familiar em que os filhos tomam as dores das mães, mas, e o inverso? Acredito que é o momento de mães e pais se perguntarem: “ as dores dos nossos filhos nos pertencem?” No título, tratei estes filhos como príncipes e princesas já que a    geração y tende  a tomar o  círculo familiar e as relação entre pais e filhos como um trono da majestade ou da realeza inglesa em que existem reis, rainhas, princesas e príncipes. Nesta ideia de realeza, muitos estudiosos afirmam que os filhos que visualizam a imagem paterna e materna como rainhas e reis, na vida adulta, a definição do “objeto sexual” é determinado pelas semelhanças que este deve ter com a imagem paterna ou materna . Se for menina (complexo Electra), o seu parceiro deve ser como o pai e se for menino (complexo Édipo) sua parceira deve ser como a mãe, ou seja, muitas vezes vemos pessoas procurando pais e mães...

UM MANIFESTO A FAVOR DA LEITURA

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    O programa “o Regresso com Paulina Chiziane” é para mim um projeto que já era necessário em Moçambique, as discussões, as perguntas e os adereços feitos pelo Dionísio Bahule e a Paulina Chiziane   são tão instigantes que me fazem acreditar que ainda é possível sonhar com o país em que discussões académicas podem ter espaço e serem acessíveis para as comunidades. Há quem não concorde com o discurso da Paulina, é normal, afinal nem todos devemos ter as mesmas crenças e pensamentos, porém anular a lógica discursiva e a construção histórica trazida pela escritora é uma autêntica não aceitação da diferença de pensamentos e teorias necessárias para a evolução humana e a construção de uma identidade africana.   Num dos programas, Bahule e Chiziane trouxeram uma discussão sobre “o cristianismo – igreja e a tradição africana”. Ao longo da conversa, vários questionamentos que tenho me feito em tanta pouca idade encontraram um aconchego.   Segundo Paulina Chizian...

FILHAS DE VENTRES DIFERENTES E DE UM PAI AUSENTE

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‒ Querida amiga, li aquele texto sobre “a mamã que é machambeira” e senti vontade de falar, não sobre as nossas mães, mas de nós filhas de um pai ausente. ‒ Eu sou filha de uma plantação alheia, e você, minha amiga você é filha de uma plantação reconhecida, mas partilhamos a dor de um pai ausente. ‒ Vamos falar de nós, temos dores, isso doi. Vamos conversar, como se fossemos filhas do mesmo pai, afinal, somos filhas de um pai ausente. Desde já te chamarei de irmã, me permites? ‒ solicitou a Tsemba ‒ Claro que sim amiga, tu és minha irmã, nós somos filhas de um pai ausente. ‒ Concordou a Rindzela ‒ Irma, eu não quero justificar os erros ou acertos da minha mãe, que ao ser possivelmente enganada, apaixonada e amar nosso pai, que já tinha uma família, acreditou em suas palavras, foi iludida e ouviu falsas esperanças do meu pai que nunca se fez sentir na minha vida como pai. ‒ Irmã, sabe…, infelizmente é mais fácil fazer de duas mulheres (nossas mães) inimigas por causa de um pai...

O PROBLEMA NÃO É VOCÊ, SOU EU…

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Quem já escutou estas frases?   o problema não é você sou eu e acho estamos a ir rápido demais, estou confuso . Acredito que muitos não é, e também....., quem nunca disse que atire a primeira pedra.  O que acontece com a pessoa que fala isso e a pessoa que ouve? Há dias estava a ver um vídeo no Youtube do psicanalista Cristian Durker, onde ele aborda sobre a síndrome do evitativo/ escapista em relações românticas. Antes de avançarmos, devo dizer que evitar e esquivar-se de conflitos sociais de forma excessiva é classificado na psicologia como um transtorno. “Pessoas com este comportamento estão preocupados com serem criticados ou rejeitados em situações sociais. Ao menor sinal de desaprovação ou crítica, podem se sentir magoadas, tendem a ser tímidas, quietas, inibidas e invisíveis pelo medo de que toda a atenção seja degradante ou de rejeição”. Segundo Cristian, parece que a geração atual vive com a síndrome do evitativo, em que as pessoas não se relacionam sendo fies, n...