AMORES LÍQUIDOS OU SÓLIDOS
No nosso dia-a-dia tem havido uma
tentativa de igualar as pessoas devido suas atitudes que parece serem uniformes.
Muitos homens falam que todas mulheres são iguais e muitas mulheres falam que
todos os homens são iguais. Mas me pergunto: Como pode mulheres que nasceram em
dias, horas e famílias diferentes serem iguais? Como pode homens que nasceram
em dias, tardes, noites e segundos diferentes serem iguais? Nem eu sei.
Acredito que vale aceitar que as pessoas
são diferentes, porque assumimos que elas têm coisas diferentes por nos ensinar,
sejam elas boas ou más. A nossa tentativa de igualar as pessoas sempre é
baseada nas nossas experiências negativas e nunca nas positivas, talvez seja a
natureza do Homem fixar-se mais em experiências negativas e anular as positivas.
Lembro uma vez um colega
perguntar se eu já havia lido “amor liquído” de Zygmunt Bauman, eu nem fazia
ideia de quem se tratava, e respondi que não. Meu colega fez cara de espanto, não
esperava que tal fosse possível, porque nosso campo de trabalho exige que estejamos
atualizados sobre assuntos da atualidade e da modernidade.
Tempos depois, através de outra recomendação
ao “amor líquido”, acabei lendo e experienciando um amor, que para mim não foi líquido,
mas por ter sido volátil, Bauman o chamaria de líquido. Para o autor, hoje em dia
“Relacionar-se é caminhar na neblina sem a certeza de nada”. Não vamos
tomar essa afirmação como verdadeira ou falsa, porque a tentativa do autor é
alertar sobre a progressiva fragilização das relações sociais e afetivas no
mundo moderno.
Se é um alerta, significa que
devemos tomar um caminho contrário. Para não continuarmos a igualar as pessoas, devemos aprender a consertar o que está quebrado, e não pensar em escolher, comprar e
possuir o que é novo e atual.
Hellinger diz que os
relacionamentos só são funcionais quando se aplica a lei do equilíbrio entre o
dar e receber, estas duas coisas devem funcionar na mesma proporção. Nesta visão sistémica, significa que devemos
ser ambas coisas, assumindo, desta forma, uma postura de contribuidor. A contribuição
não trata de tomar ou trocar, mas sim contribuir.
Então caros leitores, a proposta
que trago hoje é refletirmos sobre as posturas que tomamos quando nos relacionamos,
quem somos quando nos relacionamos? Os tomadores, dadores ou contribuidores? O que
nós queremos? Dar, receber, trocar, tomar ou contribuir?
Difícil é pensarmos que não vivenciaremos
amores líquidos, mas nem estes nos tornam iguais, talvez seja necessário lermos
sobre o assunto para percebermos porque temos sido assim, e como podemos fazer
para melhorarmos a forma como nos relacionamos com os outros.
Sobre os relacionamentos também
vale, pensarmos na ética. Sérgio Cortela
a definiu “como um conjunto de valores que usamos para responder três grandes
questões da vida: quero? Devo? Posso? Nem tudo eu quero eu posso; nem tudo que
eu posso eu devo; nem tudo que eu devo eu quero. Você tem paz de espírito
quando aquilo que você quer é ao mesmo tempo o que você pode e o que você deve”.
https://drive.google.com/viewerng/viewer?url=http://ler-agora.jegueajato.com/Zygmunt+Bauman/Amor+Liquido+(675)/Amor+Liquido+-+Zygmunt+Bauman?chave%3D1677cfea7cb1b4e721f78316a481fd9c&dsl=1&ext=.pdf
http://www.carpesmadaleno.com.br/gerenciador/doc/09e7d4994e8515df65380e9e0a690b48leis_sistemicas.pdf
Bom dia tudo bem? Sou brasileiro e procuro novos seguidores para o meu blog. Eu também posso te seguir. Novos amigos também são bem vindos.
ResponderExcluirhttps://viagenspelobrasilerio.blogspot.com/?m=1
Ola Luiz, estou bem e voce como está? Obrigada pelo toque, eu sou moçambicana. Tenho sim interesse em seguir o seu blogue, e espero que os conteúdos que publico no meu te interessem.
ResponderExcluirUm abraço