AS DORES DA RAINHA SÃO MINHAS?
Este artigo foi inspirado num comentário de um leitor do blog – Sinto que devo esclarecer que, o objetivo é trazer à tona a importância da leitura e da reflexão. Convido a ti, caro leitor para que façamos essa viagem juntos.
Em cada artigo, deixo
sempre alguns vídeos e links de livros que acredito que podem orientar nossas
buscas. Sou uma bibliotecária que acredita que as respostas sobre questões da
humanidade são retratadas em livros e documentos, cabendo-nos apenas procurar
as respostas certas para as perguntas que nos inquietam.
As mães são seres
resilientes capazes de transformar o caos em ordem e suas feridas em vida.
Muitos de nós as admiramos pela força inexplicável de fazer andar a
máquina familiar e transformar a esperança num prato de comida.
Elas são também as
melhores contadoras de histórias. Seguindo a hierarquia familiar, nós, como
filhos, não viveremos suas histórias, mas a capacidade delas nos fazerem voltar
no tempo para vermos sua infância marcada por momentos difíceis ou alegres e nos
colocarem no presente para vermos seus casamentos melancólicos, felizes ou
desejados tem um grande impacto no nosso desenvolvimento enquanto pessoas.
E
se as histórias das nossas mães não foram um mar de rosas, o que acontece
connosco? Acho
que nesse processo de ouvintes de contos maternos acabamos por nos identificar
com suas histórias, tomamos suas dores na tentativa de aliviar os pesos e os
fardos. E o que a acontece quando as pessoas que abriram essas feridas são da
nossa família, pessoas que elas amam e nós também amamos?
Caros leitores, talvez
vocês digam que eu gosto muito deste tal de Hellinger... – Digo, desde já, que
não concordo com tudo o que ele diz, no entanto, aceito e considero sua visão
sobre o mundo e aprecio o trabalho dele como psicanalista familiar.
Hellinger diz que “filhos
não podem tomar e nem tentar resolver os problemas dos pais. Nas relações
familiares, os filhos recebem e os pais dão, porque quando tomamos as dores de
nossos pais, acabamos nos tornando, de forma inconsciente, nas pessoas que
abriram essas feridas neles. Ou seja, o processo de assumirmos dores que não
são nossas faz-nos parecermo-nos com as pessoas que feriram quem amamos, sejam
pais, filhos, irmãos, avos, tios etc…”.
Na minha ótica, mãe é a
pessoa que não devia ser classificada, porque na perfeição ou imperfeição ama
seus filhos de forma incondicional, mas estes estudiosos insistem em catalogar
e dar nomes a tudo e a todos. Henry Cloud and John Townsend no livro “The
Mom Factor” fazem uma viagem pelo mundo materno e descrevem 6 tipos mães:
a mãe fantasma; a mãe de boneca da China; a mãe controladora; a mãe de
troféu: a mãe chefe; e a mãe do American Express. Os autores tentam rastrear
os pontos fortes e fracos de cada um desses e o impacto que cada estilo
tem na formação de quem somos hoje. (Pode aprofundar sobre os tipos de mãe no
link abaixo, só se pode ler no Scribd).
Augusto Curry, em seu
livro "20 regras de ouro para educar filhos e alunos: como formar mentes
brilhantes na era da ansiedade" aborda assuntos relacionados com pais e
filhos. Segundo ele, educadores e pais bem-intencionados também causam
desastres. Eles sonham em formar mentes livres, mas
não poucas vezes, sem que percebam, traumatizam filhos e alunos, formando
mentes encarceradas; desejam que sejam líderes, mas usam técnicas erradas que
asfixiam a segurança, a ousadia e a resiliência, formando jovens frágeis,
conformistas e servos de seus próprios conflitos; almejam que sejam capazes de
debater ideias, mas é frequente formar adolescentes tímidos e assombrados pelo
medo do que os outros pensam e falam de si.
Olá, boa ideia! Acredito que farei deste blog um percurso de amor pela humanidade.
ResponderExcluirQuerido Leitor muito obrigada por seu comentário encorajador. Já alçamos o voo, sinto que juntos faremos grandes descobertas sobre a humanidade
ExcluirMuito profunda a análise.... as conclusões ficam por nossa conta e o convite para ler mais fontes de referência ou aprofundar ad mencionadas está lançado... obrigado pela viagem.
ResponderExcluirQuerido Leitor muito obrigada pelo seu comentário encorajador. É isso, as respostas sobre questões da humanidade são individuais e internas. Se conhecer outras me indique para que eu possa viajar em outros planetas ainda não conhecidos.
ExcluirOlá Delfina, muito obrigada pelo texto e pelas sugestões de leitura.
ResponderExcluirMe reconheci na necessidade de tomar as dores dos meus pais e procurar salvá-los de alguma forma.
Vou já procurar saber mais do Hellinger.
Querida Alice, muito obrigada por comentar aqui no blog e por você se encontrar e se auto refletir nas reflexões que trago através deste canal. Te garanto que as leituras e os vídeos aqui deixados farão que vejas o mundo com outros olhos, estamos juntas nessa busca de respostas sobre a humanidade.
ExcluirOra viva mundo da humanidade. já estava na hora de haver um campo onde o jogo não é mais de futebol e nem sequer de basketball, mas sim, um campo que permite me tomar um pouco de sumo da vida das nossas brilhantes mães.
ResponderExcluirParabenizar pela iniciativa, e agradecer a quem achou que eu assim como o mundo em geral necessita de ter uma visão ampla no que concerne ao caso em destaque.
corroborando com um dos parágrafos que visão (sem desrespeitar a ideia do autor em crítica), aferir o outro posicionamento, as mães não deveriam receber nenhuma classificação, pois, independentemente da posição ou condição em que uma mãe se encontra, ela sempre acata com dedicação o seu papel.
Estou muito gratificante pela viagem inesperada.
Este comentário foi removido pelo autor.
ExcluirQuerido Isildo, não imaginas o sorriso e a emoção que sinto ao ler este comentário. Vamos continuar juntos com a viagem e encontrarmos outras formas de prazer além do futebol e basquetebol. Realmente mãe é um mundo sem fim, e que na nossa ótica não deveria ser classificada, mas se o fazem, não custa nada sabermos o porquê e como isso influencia ou não em nós.
ExcluirMuito obrigada, já alçamos o voo, agora vamos voar em busca dessa humanidade
É deveras um regozijo afável e aprazível à alma e deleitoso aos olhos ver uma relíquia de idéias bem sucedidas compiladas em um único texto, ainda mais quando essas espelham um dos assuntos mais pertinentes e complexos da historia da humanidade.
ResponderExcluirser Mãe não é apenas o ato de conceber, mas sim é um conjunto de atos : conceber , gerar e criar. É verdade uma Mãe não poderá ser definida ou classificada em qualquer âmbito ou em qualquer instância devido a sua unicidade , um salve para todas mulheres por carregarem consigo o instinto materno , pois não é tarefa que se atribua a qualquer um, apenas a mulheres de fibra e garra.
É na minha óptica um texto bem conseguido e incrível . Quero parabenizá-la por ter logrado um feito excepcional nesse texto, espero ver essas idéias materializadas em um livro um diq ������ muita Força.
Querido Elton, leio o seu comentário com muita alegria e emoção. Muito obrigada por comentar aqui no Blog, a ideia está lançada, vamos refletir e ler sobre questões da humanidade. (Risos)… hoo um livro quem me dera, neste momento estou ainda na pele de uma bibliotecária sonhadora.
ExcluirSobre a mãe, nossa…! Aceitar a complexidade de ser mãe, é saber que ela também está suscetível a errar e aceitar. Não há como classificar quem nos deu a vida, no entanto, ler para compreender essas complexidades do ser humano é libertador.
Um abraço
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirQuerido Leitor muito obrigada pelo seu comentário encorajador. É isso, as respostas sobre questões da humanidade são individuais e internas. Se conhecer outras me indique para que eu possa viajar em outros planetas ainda não conhecidos.
ExcluirMuito profundo.
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